segunda-feira, 8 de junho de 2009

Décimo Quarto Encontro.

Finalmente estou completamente saudável!Não chegou a ser pneumonia, mas tava quase. Tomei o remédio direitinho e repousei bem. Parece que as coisas estão se ajeitando, to feliz.
Pois sim, hoje foi o segundo dia de apresentação e fui ver. Cheguei e me senti um pouco culpada pela felicidade, Wlad dedicou a aula ao Walter Bandeira, que faleceu na semana passada, de novo mais um vez me lembrou do meu Tio André, eles eram grandes amigos e uma lembrei de uma das minhas primeiras saídas a noite foi com eles dois e minha irmã que me levaram pra provar drinks, foi uma noite muito divertida.

A primeira apresentação foi a do Luciano, sentado de paletó escutando radio, resultado de vestibular, várias coisas antigas, resultado de contábeis e no final ele falando que o filho havia passado, ligava para o filho que dizia que queria fazer teatro, o pai enlouquecia e dizia que aquilo não ia acontecer de jeito algum. Logo depois mudava para outra parte da sala em que tinha uma penteadeira mostrando alguém mudando, um homem se transformando em mulher, no caso vestido roupas de mulher e com uma fala que nos fazia perceber que era o filho com raiva do pai, depois de ter feito todo o curso de contábeis e dizendo que se prostituiu e mostra depois algo como ele na rua se vendendo e a cena terminando, como eu entendi o filho matando o pai.

Logo depois veio o Marco, ele tava muito nervoso, mas sei que ele é muito talentoso. Eu já sabia como seria a cena dele, pois já tínhamos conversado. Entra com um corpo de um idoso, com uma vela na mão e uma música que vinha de uma boneca, parava e falava um texto que é tão bonito, mas simplesmente não conseguimos escutar. Logo depois ia e bebia algo que era um veneno e morria. Ele queria mostrar um senhor que perdeu a amada e não queria mais viver. Algo bem Romeu e Julieta. Foi muito rápido, ele poderia ter feito muito mais.

A cena da Jaque foi muito longa e com muita informação. Ela entrou de paletó e gravata, e abaixando o dedo mindinho nos mostrando o Presidente Lula, ficou direitinho mas ela demorou muito nesse discurso, logo depois ela ia para o fundo da sala e como se estivesse no carro, de lula passando por uma transformação para uma mulher cantando "Pretty Homam" que foi do primeiro trabalho dela. Logo depois passa para a ela chorando por causa do irmão que matou o gato, primeira vez que vi a Jaque tentando o drama, achei legal mas tinha uma hora que acho que ela podia gritar menos, depois vira uma pré-adolescente nervosa conversando com um amigo, lembrei da historia que ela contou no primeiro dia de aula e assim terminou como uma criança de quatro, cinco anos falando de desenhos e fazendo birra. Acho a Jaque muito talentosa, mas a cena foi longa demais como já disse antes.

Foi a vez de Rodolpho, que entrou como Jô Soares e nos divertiu bastante, nos fez participar da sua cena e tudo mais. Conseguiu encaixar toda a sua trajetória e fez isso apresentando. Achei a idéia sensacional. Muitas vezes ele se perdeu nas piadas, mas, acontece.

Do Diego eu já esperava alguma coisa bem dramática, dito e feito! Não to dizendo em momento nenhum que não gostei da cena, só que não me surpreendeu. Começou com somente um foco de luz, uma roupa suja e velha fazendo um mendigo, mas exatamente um menino de rua, ele cantando a música, passando pela avó do Michel. Gostei, mas queria ter visto mais dele.

Acho o Kauan sensacional, de verdade. Começou sendo uma senhora falando da vida, de como é a sensação e o fato de já ser mais velha, fez sua coreografia e terminou com um texto indagando a vida e de como é ser sozinha. Achei bem bonito.

No final veio o Gilson, o que mais me lembro da cena dele, foi em um momento em que ele ficava parado de frente olhando para cima o tempo inteiro e aquela postura curvada de sempre, bem característica dele. Falava de um homem com medo do escuro, que não conseguia ficar sozinho. Achei que ele conseguiu colar tudo bem legal, mas ainda era somente o Gilson ali pra mim.

No final, cada um falou o que achava de cada coisa. Nessas situações eu prefiro ficar calada, me sinto julgando o trabalho da pessoa e é exatamente como estou me sentido agora, mas tenho que faze. O único momento que resolvi falar foi quando a Crissie falou que a cena do Diego despertou um sentimento muito forte nela e eu resolvi discordar, exatamente pra mostrar que ele tem muito mais pra oferecer, na minha opinião, claro.

É isso, semana que vem é a minha e vou fazer a alma de meu pai, o único problema é que faz mais de seis meses que eu não o vejo, mas enfim...

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