segunda-feira, 15 de junho de 2009

Décimo Quinto Encontro.

Terceiro dia de apresentações e é o meu dia. Tava nervosa, bastante. Tentei ficar tranqüila o máximo possível, mas enfim. Cheguei mais cedo na escola pra poder passar a cena, mas tinha muita gente já e todo mundo nervoso e gente ajeitando luz e explicando pro amigo como fazer a luz e falando o texto alto, não conseguia me concentrar de jeito nenhum. A aula começou com um atraso muito grande, pois a Anne tinha algum equipamento que não tava pronto, e ela era a primeira, então tivemos que esperar um pouquinho. Tudo bem, a cena começou uma mesa alta, um banco, uma caixa preta no chão e alguma coisa com alguma coisa dentro que eu não conseguia ver. Ela estava vestida bem nos anos 70, bem hippie e isso se notava muito bem. Eu ainda não sei se ela estava fazendo um homem ou uma mulher, as vezes parecia muito um homem falando mas ela estava de cabelo solto e saia, fiquei confusa nessa hora. A cena dela foi longa demais, era esta pessoa sentada na mesa de um bar contando várias historias, mas muitas vezes eu vi muito a Anne me contando uma historia e não consegui decifrar qual era o personagem. Mas achei legal a proposta que ela deu.

Logo depois veio a Alyne, nossa cara, foi lindo! Eu achei lindo de verdade!Ela usou uma luz quadrada central, ela estava vestida de homem e ficava falando que era caçador e matava um dinossauro, mas uma coisa bem perdida mesmo e sempre pegando no umbigo, depois passava pra alguém mais sensível que lembrava da mãe escutando uma musica, ela levou um fone que de repente surgiu e ficou lindo. Alyne tem umas expressões que eu gosto muito e assim passando para sua coreografia, que era a mesma música que a Aninha tinha me falado que ela ia fazer sua coreografia, Elephant Gun do Beirut, ela dançou muito bem e bem parecido com o clipe, ficou bem bonito e consegui perceber que ela realmente estava mostrando alguém chegando em casa. Ela terminou a cena do mesmo jeito que saiu, com uma garrafa pet e a lanterna, que era uma das cenas do coro. Muito legal mesmo. Aqui o clipe da música pra quem quiser:
www.youtube.com/watch?v=N-mqhkuOF7s

Crissie! Nossa que menina engraçada. Fala muito pouco, sempre ta prestando atenção em tudo e ri de um jeito muito engraçado. É do tipo de pessoa que eu olho tenho vontade de rir, não rir da cara dela, mas rir de achar legal mesmo. A cena dela foi bem divertida, ela dançou algo lembrando como um strip e bebendo, pegou dois tapetes daqueles que encaixa que eu não sei o nome e uso pra fazer algo como uma cortina em pé, e ia la pra trás e ficava jogando roupas e se divertindo muito e sem dizer nada, só com as expressões. Foi muito divertido.

Dayene. Começou com o texto do primeiro trabalho, fraco, gaguejando e sem conseguirmos escutar, com uma mascara na cara o tempo todo, com um vestido simples e uma rosa na mão. Depois colocou a música que cantou e foi pra trás da cortina, e voltou com tudo vestida toda de preto e com uma maquiagem preta, cabelos soltos, fazendo a matinta pereira, fez tudo direitinho, veio com tudo, falou o texto certamente, sabia cada passo, me surpreendi de verdade. O que me deixou um pouco triste foi descobrir depois que ela tem esse papel a uns quatro anos e que ela já tinha apresentado várias vezes, não era nada novo. Mas deu pra ver que se ela quiser, ela consegue de verdade.

Ivanilde foi bem legal, ela sabe muito bem usar o espaço e a luz. Entrou com o corpo de uma grávida, uma coisa bem do interior, a roupa, a fala. Passou para o homem caboclo. Foi bem legal. Queria saber usar o espaço assim.

Logo depois foi a minha. Ok comecei a suar frio desesperadamente, já tinha combinado com o Alisson da minha iluminação, que seria somente um foco redondo no meio. Peguei um soneto de Álvaro de Campos, levei uma cerveja e uma blusa bem rasgada escrito Rua dos Bobos na frente e N° 0 atrás. Comecei o texto, abri a cerveja e ligava a luz. Ninguém conhecia meu pai direito, então acho que ninguém sabia o que tava fazendo. Tentei falar o mais devagar possível e mais enrolado. Esquecendo muitas vezes e pulando texto, como ele fazia muitas vezes, me lembrei dele em Mosqueiro quando já tava a noite que ele parava o que estava dizendo e começava a olhar para as pessoas como se estivesse procurando alguém, ou tentando reconhecer. Tentei fazer a minha coreografia, mas eu realmente esqueci na hora, depois de dar algumas partes do soneto, levantei, ligaram a luz, e dizia da casa, que era a minha musica e dizia a minha ultima fala do coro e o sorriso que eu fazia. Não sei se as pessoas entenderam alguma coisa, mas paciência. Bom, o soneto era esse:

"Quando olho para mim não me percebo.
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.

O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.

Nem nunca propriamente reparei
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei

Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente".




Teve a Dayse também, que sempre se preocupa muito com o figurino, foi de índia, fez uma dança e logo depois contou a historia dela por uma televisão de papelão e feita toda a mão. Bem legal, mas bem rápida. Vi que ela saiu bem aborrecida de cena, não sabia o porquê. Depois quando fomos conversar sobre as cenas, soubemos que erraram a música dela e ela cortou mais da metade de sua cena.

Taynah. Eu já sabia da cena dela também, ela fazia uma mulher nos anos 70, que era artista plástica e ia passando e tempo e ia crescendo e virando sozinha, a mostrava falando do marido que deixou, lembrando o primeiro trabalho. Eu e o Marco estávamos tomando conta do som dela e esquecemos uma música, mas deu pra entender muito bem o trabalho;

O Ícaro fez uma apresentação bem legal, usou uma cueca preta e uma blusa bem colada, começava deitado, com uma música com barulhos diários, como de carros, ônibus e ele fazia a menção de como os sons estivessem saindo dele, bem expressivo. Depois passava para o tigre que fazia a sua coreografia.

Por último teve a Taís, que fez uma apresentação bem bonitinha e meiga, bem a cara dela. Cantou aquarela com voz de criança, levou umas flores, colocou em circulo e depois cantou uma música de algum musical infantil que depois me contaram que era "A Encantada". Ficou fofo.

Finalmente era a hora de falar dos outros né. Não conseguia falar nada. Nem tive vontade. Quando chegou na vez de falaram de mim, a Wlad resolveu terminar a aula e fazer isso só semana que vem. Quis ter um piripaque ali, mas me segurei e fui contar pra Taynah a doidera que eu to fazendo da minha vida.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Décimo Quarto Encontro.

Finalmente estou completamente saudável!Não chegou a ser pneumonia, mas tava quase. Tomei o remédio direitinho e repousei bem. Parece que as coisas estão se ajeitando, to feliz.
Pois sim, hoje foi o segundo dia de apresentação e fui ver. Cheguei e me senti um pouco culpada pela felicidade, Wlad dedicou a aula ao Walter Bandeira, que faleceu na semana passada, de novo mais um vez me lembrou do meu Tio André, eles eram grandes amigos e uma lembrei de uma das minhas primeiras saídas a noite foi com eles dois e minha irmã que me levaram pra provar drinks, foi uma noite muito divertida.

A primeira apresentação foi a do Luciano, sentado de paletó escutando radio, resultado de vestibular, várias coisas antigas, resultado de contábeis e no final ele falando que o filho havia passado, ligava para o filho que dizia que queria fazer teatro, o pai enlouquecia e dizia que aquilo não ia acontecer de jeito algum. Logo depois mudava para outra parte da sala em que tinha uma penteadeira mostrando alguém mudando, um homem se transformando em mulher, no caso vestido roupas de mulher e com uma fala que nos fazia perceber que era o filho com raiva do pai, depois de ter feito todo o curso de contábeis e dizendo que se prostituiu e mostra depois algo como ele na rua se vendendo e a cena terminando, como eu entendi o filho matando o pai.

Logo depois veio o Marco, ele tava muito nervoso, mas sei que ele é muito talentoso. Eu já sabia como seria a cena dele, pois já tínhamos conversado. Entra com um corpo de um idoso, com uma vela na mão e uma música que vinha de uma boneca, parava e falava um texto que é tão bonito, mas simplesmente não conseguimos escutar. Logo depois ia e bebia algo que era um veneno e morria. Ele queria mostrar um senhor que perdeu a amada e não queria mais viver. Algo bem Romeu e Julieta. Foi muito rápido, ele poderia ter feito muito mais.

A cena da Jaque foi muito longa e com muita informação. Ela entrou de paletó e gravata, e abaixando o dedo mindinho nos mostrando o Presidente Lula, ficou direitinho mas ela demorou muito nesse discurso, logo depois ela ia para o fundo da sala e como se estivesse no carro, de lula passando por uma transformação para uma mulher cantando "Pretty Homam" que foi do primeiro trabalho dela. Logo depois passa para a ela chorando por causa do irmão que matou o gato, primeira vez que vi a Jaque tentando o drama, achei legal mas tinha uma hora que acho que ela podia gritar menos, depois vira uma pré-adolescente nervosa conversando com um amigo, lembrei da historia que ela contou no primeiro dia de aula e assim terminou como uma criança de quatro, cinco anos falando de desenhos e fazendo birra. Acho a Jaque muito talentosa, mas a cena foi longa demais como já disse antes.

Foi a vez de Rodolpho, que entrou como Jô Soares e nos divertiu bastante, nos fez participar da sua cena e tudo mais. Conseguiu encaixar toda a sua trajetória e fez isso apresentando. Achei a idéia sensacional. Muitas vezes ele se perdeu nas piadas, mas, acontece.

Do Diego eu já esperava alguma coisa bem dramática, dito e feito! Não to dizendo em momento nenhum que não gostei da cena, só que não me surpreendeu. Começou com somente um foco de luz, uma roupa suja e velha fazendo um mendigo, mas exatamente um menino de rua, ele cantando a música, passando pela avó do Michel. Gostei, mas queria ter visto mais dele.

Acho o Kauan sensacional, de verdade. Começou sendo uma senhora falando da vida, de como é a sensação e o fato de já ser mais velha, fez sua coreografia e terminou com um texto indagando a vida e de como é ser sozinha. Achei bem bonito.

No final veio o Gilson, o que mais me lembro da cena dele, foi em um momento em que ele ficava parado de frente olhando para cima o tempo inteiro e aquela postura curvada de sempre, bem característica dele. Falava de um homem com medo do escuro, que não conseguia ficar sozinho. Achei que ele conseguiu colar tudo bem legal, mas ainda era somente o Gilson ali pra mim.

No final, cada um falou o que achava de cada coisa. Nessas situações eu prefiro ficar calada, me sinto julgando o trabalho da pessoa e é exatamente como estou me sentido agora, mas tenho que faze. O único momento que resolvi falar foi quando a Crissie falou que a cena do Diego despertou um sentimento muito forte nela e eu resolvi discordar, exatamente pra mostrar que ele tem muito mais pra oferecer, na minha opinião, claro.

É isso, semana que vem é a minha e vou fazer a alma de meu pai, o único problema é que faz mais de seis meses que eu não o vejo, mas enfim...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Décimo Terceiro Encontro.

Sinto que esse diario virou só reclamação e desculpa. Não fui pra aula, infelizmente. Hoje foi o primeiro dia de aprensetaçãoes, queria muito ter visto, muito mesmo! Marco ficou me contando como foi tudo muito legal e fiquei triste por não ter ido. Minha doença parece não melhorar, fui no médico ontem, domingo, dez horas da manhã porque não conseguia dormir de tanta dor no peito e falta de ar, ele disse que podia ser pneumonia, me passou uns remedios e mandou repouso absoluto. Que merda!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Décimo Segundo Encontro.

Ta, eu fui pra aula. Continuo muito doente, mas dessa vez sinto que é só fisicamente. Me sinto muito melhor e andei reparando em muita coisa na minha vida e tentado ao Maximo mudar, mas que eu não consigo parar de tossir é fato.
Wlad pediu para algumas duplas mostrarem o que tinham até agora, cheguei um pouco atrasada, mas vi o do Michel que achei muito bom de verdade, ele ficava correndo por cantos como tivesse equilibrando e no final virava um travesti apaixonado, A Wlad comentou depois que não viu muito dos outros trabalhos, nem da coreografia nem nada, é verdade, eu também não vi. Quem o dirigiu foi o Gilson que depois se explicou diretamente dizendo que queria fazer aquilo. Logo depois veio o Kauan, que foi dirigido pela Anne, achei muito legal, vi a coreografia muito bem, vi um corpo diferente e consegui acompanhar o que ele estava fazendo que era algo como o dia completo de alguém. Bem legal.
Pediu pra Aninha ir, ainda não ensaiamos nada, só havia conversado com ela pra mudar de música, achava que a dela a confundia muito e a "o mundo é um moinho" do Cartola tinha muito mais a ver com a proposta que a gente queria. Aninha perguntou pra Wlad se podia mudar a música, primeiro ela não gostou muito da idéia, mas pediu pra Ana fazer dos dois jeitos e sem duvida de com a outra musica ficou muito melhor, Wlad percebeu isso e disse que se o diretor achar que vai encaixar melhor pode trocar. Ta, ela falou de jeitos muito mais técnicos, mas era basicamente isso.
Depois de muita conversa e muitas duvidas de muita gente, Wlad simplesmente montou outro exercício, agora teríamos que nos mesmos nos dirigir uma cena que montasse tudo o que a gente já havia produzido até agora. Foi ai então que percebi que produzi muito pouco, e não era eu que queria produzir? Me senti muito perdida, fui falar com a Wlad e ela falou exatamente o que eu esperava, que eu não mostrava muita coisa. Comecei a pensar nas coisas que eu tinha e tentar achar alguma coisa pra fazer.
Serão três grupos para se apresentando durante três encontros. Fiquei no ultimo dia 15/06.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Décimo Primeiro Encontro.

Não fui pra aula, Taynah me contou que ia ser alguma coisa relacionada a uma palestra. Ainda continuo me sentindo mal e não só psicologicamente, ando doente fisicamente com dores em todos os lugares do meu corpo. Sou muito mimada e quero chorar de cinco em cinco minutos, mas não consigo nenhuma.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Décimo Encontro.

Atrasada é pouco pro o que eu cheguei, assisti uma hora de aula. Não tinha idéia do que estavam falando. Só lembro ver Taynah, Jaqueline e Rodolpho sentados a frente de todos, com a Wlad questionando coisas sobre a cena, afinal eles tinha virado três diretores. Entrei muda e sai calada. Acho que nem recebi presença, mas eu estava realmente me sentindo mal. Não fui ao ensaio de quarta-feira com a Aninha. Só to levando porrada na cara e me sinto cada vez mais desmotivada pra fazer qualquer coisa, o que me deixa mais triste ainda.
Reage Luana, reage!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Nono Encontro.

Hoje era para o Michel nos dar aula, pois ele não levou o diário na aula passada e ficou esse exercício para ele no lugar, para a Crissie(eu tenho certeza que ta escrito o nome dela errado, mas não tenho idéia qual é o certo) também. Infelizmente aconteceu uma série de desencontros com ele pelo final de semana que o impossibilito de estudar, ele nos contou tudo o que havia acontecido e ele perecia bem desapontado com aquela situação. Ele explicou um pouco do pouco que ele conseguiu ler, que falava alguma coisa em relação o olhar teatral. Logo depois veio a Crissie que falou de “Bricolagem”.
Depois voltamos pra essas porcarias de diários, claro que não queria ler e enrolei o Maximo possível, uma hora tomei coragem pra aquilo acabar logo, cada vez que eu ia lendo mais me dava vontade de parar, mas já tinha começado a merda mesmo. Depois a Wlad resolveu falar de mim, ai pronto, me deu vontade de sair correndo da sala no exato momento, o pior de tudo, resolvi escutar o que ela tinha pra falar, já tava ali mesmo. Gostei das coisas que ela falou, me chamou atenção e ela não falou nenhuma mentira. Tenho muita dificuldade de estar num lugar com muitas pessoas que não conheço, chego a ter medo delas e me tranco sem contar que ando numa montanha-russa de sentimentos e ir pra escola só me faz lembrar mais disso. Achei necessário pra mim, só me aborreci um pouquinho porque de repente todo mundo começou a falar sobre isso e eu tava quase pra ter um piripaque de nervoso ali. Mas ok, ninguém falou nenhum mentira. Vou me esforçar mais pra me abrir com as pessoas, tenho muita certeza que estou no lugar certo na medida do possível, não quero ser professora, quero produzir! Mas to gostando de verdade do curso, to me sentindo muito bem nele e morando em Belém do Pará não quero fazer outra coisa da vida.
Penso em como a primeira vez de uma mulher, dói mas acaba sendo bom.


Depois de todo esse sofrimento um novo trabalho, em relação ao do coro, quem era diretor virava ator e vice-versa. No nosso caso, fiquei dirigindo a Aninha e o Allison e a Alyne sei lá o que se decidiram. A Regiane abandonou o curso, fiquei chateada, eu gostava bastante dela.
Ok, dirigir a Aninha, cada dia que passa gosto mais dela, como atriz, pessoa e tudo mais, não sei se é recíproco, eu com a tal da minha dificuldade de mostrar a coisas pras pessoas. Enfim, ela me mostrou a foto de um bichinho no banheiro e uma rua com uma praça de um lado e um muro do outro, falei pra ela pensar em como seria um bichinho bem pequeno numa rua grande que nem aquela. Enfim conversamos bastante e foi divertido, me fez até esquecer um pouco do trauma da hora anterior. Quarta-feira vamos ensaiar.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

OItavo Encontro.

Eu tinha certeza que não ia gostar da aula de hoje, já fui com esse pensamento. Leitura dos Diários. Sentei lá no auditório com meu diário escrito a mão todo feio e podre muito mal feito, ridículo de verdade. Allison começou, com seu computador ou celular, sei lá o que é aquilo foi lendo daquele jeito bem rude que ele tem, mas que já acostumei. Depois da leitura dele a Cleice comentou, a pedidos da Wlad, ela disse algo de ter sido muito duro, mas sinceramente eu não esperava outra coisa dele. Logo depois Cleice foi ler o seu, eu tentei, mas não deu uma hora eu já tava na Lua pensando o que eu queria comer, foi muito longo e cansativo. O Enoque leu o dele bem do jeito dele também, sempre reclamando de alguma coisa, ultimamente ando me identificando nisso com o Enoque, de sempre estar reclamando de alguma coisa, a diferença é que ele fala e eu reclamo pra mim mesma.
O da Karla pra mim foi o melhor, bem escrito e dava bem pra visualizar a aula. A Taynah leu o dela também, ela melhorou muito na escrita, muito mesmo, conheço os textos dela e posso dizer bem isso. Lembro que o Marco tava muito nervoso, como sempre, mas não lembro dele lendo mas não tenho certeza se ele não leu. Depois um monte de gente leu, já tava tudo misturado na minha cabeça e eu já queria ler logo o meu pra acabar com aquele sofrimento. A aula acabou e não deu tempo de ler o meu, pra aula que vem.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Sétimo Encontro.

Oi, não fui pra aula porque eu jurava que não ia ter. Amanhã é feriado e to mal acostumada com faculdade que tudo é motivo pra não ter aula. Federal é diferente, Lulu.
Andei reparando como sou mimada lendo as coisas que escrevo.
Perdi a aprensentação das coreografias que tivemos que fazer na aula passada, A Wlad pediu na aula passada pra buscar uma alma, pegar o jeito de andar /falar de alguem tinha pensado em um amigo Tomaz, mas depois achei melhor fazer meu pai nas suas tardes de bebida, falando mais devagar que o mundo e se perdendo. Também eu teria que ter levado uma foto de uma paisagem, pensei em mosqueiro, minha casa, na verdade casa do meu pai, que morou lá por dois anos direto. Meu pai é doido, mas eu adoro doido!
Pois é, bora ver o que tem que fazer com essas coisas que tenho e não mostrei pra ninguem, como sempre.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sexto Encontro.

A aula começou com mais leitura de diários, não tenho nada em mãos mesmo e ainda acho bem chatinho e tudo ficando meio repetitivo, mas vou ficar no meu canto já penso todo mundo me bate? A Wlad ainda brigou com a turma e diretamente comigo por deitar na hora da aula, to de mau humor e de TPM com certeza, fiquei sentida. Nada a ver, eu sei que não tem nada a ver, mas continuo sentida e ta tudo dando nó na minha cabeça. Ai no final de escrever isso ainda fico rindo. UM PALAVRÃO MUITO GRANDE.
Na segunda parte ela pediu pra fazermos a mesma coisa que fazemos quando chegamos em casa, só com os movimentos primeiramente em um espaço e depois aumentando. Me perdi completamente, já tava ali de mau humor, com preguiça e sei lá, cada vez que eu chego em casa eu faço uma coisa diferente, nunca chego em casa no mesmo horário, dependendo de quem tiver em casa e/ou acordado eu faço uma coisa diferente, depende se eu já comi na rua, do que eu fiz antes e até mesmo se eu voltei pra casa. Depois ela pediu pra fazer os movimentos com uma música que nos deixasse muito felizes, no momento que eu to eu quero é escutar a musica de morte. Pensei em milhões de musicas e não consegui ficar com nenhuma, depois ela pediu pra mudar os movimentos, deixá-los mais leves e bonitos. Me perdi completamente, ficava olhando para os lados o tempo todo, foi horrível. Já quero meu bom humor de volta, cadê?

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Quinto Encontro.

Dia difícil, olha. Mas a vida segue e na aula passada Wlad pediu que levássemos uma música que lembrasse nossa infância, esqueci completamente durante a semana e fui lembrada só na hora, mas já havia pensando em que musica no dia que o trabalho foi dado. Peguei a primeira que veio na minha cabeça, “a casa” do Toquinho. Uma das cenas mais antigas que eu tenho, estávamos na casa da minha avó e o Cd do Toquinho tocando e a minha tia Mônica dizendo pra minha irmã que a música dela era “Aquarela’ e do meu irmão “O Caderno” ou vice-versa ou qualquer uma daquelas todas, lembro que eu fiquei meio triste porque ela disse que a minha era “A Casa”, fiquei toda triste me sentindo um bobo e um número zero, quando de repente meu Tio André (essa aula tem que levar o nome dele, é sério), cantou essa música só pra mim e mostrou que ela só parecia vazia mas que tinha muita alegria lá dentro, era só saber procurar. Achei aquilo lindo, ainda mais que vou poder mostrar um pouquinho de mim la pra sala, já que acho que sou a mais fechada e distante de todos, mas enfim são nessas horas que eu entendo o porque da minha música ter sido aquela. Cantei e não consegui segurar o choro, o dia já não tinha sido dos melhores e meu tio faleceu mais ou menos um ano e meio, era meu padrinho, tenho lembranças muito boas dele e sem duvida nenhuma era a pessoa que eu mais me identificava da família.
A Aninha começou, com um panetone começou a cantar “Então é Natal”, não sei direito o que eu achei porque sempre fico muito triste em relação ao Natal, prefiro nem comentar. Enoque cantou “se essa rua fosse minha” deitado no chão, bem legal. Não lembro direito o que o Diego cantou, foi alguma coisa relacionada a sair de casa. Cleice já levantou chorando, cantando uma musica tão bonitinha, de brincadeira que eu nunca tinha escutado. A Jaqueline não cantou musica nenhuma, mas contou de quando o irmão dela matou o gato dela e com isso foi a perda da inocência dela. To ficando muito fria, eu acho e não ando comprando muito o drama dos outros, assim, todos foram muito bonitos, mas me senti muito triste de verdade não só por tudo meu, mas exatamente pelo fato de não comprar mais o drama dos outros, eu gostava tanto deles. Não sei o que ta acontecendo.
Na segunda parte, algumas pessoas leram seus diários, sinceramente, não prestei atenção em quase nenhum.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Quarto Encontro.


É, acabei entrando no tal do Coro, na terça passada a Aninha me ligou dizendo que eles estavam com problema com alguém que não estava participando, eu aceitei, não tava fazendo mais nada mesmo. Livre do clipe, minha vida era só folga e aula, tava trabalhando com amigos, mas quero passar um bom tempo sem ve-los e agora dar realmente valor ao curso.
No primeiro dia que fui, foi um encontro na escola mesmo, me ensinaram mais ou menos o que era pra fazer, mas estava faltando uma menina, a Alyne foi ai que eu percebi que realmente não dava pra trabalhar com alguém faltando. Consegui entender o que era o Coro, é algo como a cola de uma cena pra outra, fazendo uma brincadeira ou qualquer ligação de uma cena pra outra, como se fosse um espetáculo só com todas as cenas apresentadas das historias da outra aula. Achei bem interessante. A aninha não estava se sentindo muito bem e nada da Alyne chegar. Fiquei meio assim em trabalhar com a Aninha, já fizemos o juvenil juntas há um tempo atrás e tive alguns problemas não diretamente com ela, mas ok é passado. Não continuamos o ensaio porque sem Alyne e dor de barriga tava difícil.
Ok cheguei atrasada todos os dias dos encontros, os dias foram passando, era um grupo engraçado que me fez sentir a vontade mesmo com o Alisson pisando sempre no meu pé e a Alyne não lembrando as marcações, são pessoas que mostraram ter muito talento, a Regiane me surpreendeu, sempre sabia o que fazer e sempre estava muito presente. Tivemos que montar um tapete que ficou meio estranho no final, muita informação, muito detalhe, muita coisa pra atrapalhar, era CD, capa de vinil, tecido, pedaços de garrafa pet, tudo misturado, tudo colado com cola de sapateiro, foram cinco tubos, acho que foi isso que nos deixou meio lesados, e também com uma crise de enxaqueca do inferno que me deixou de cama no sábado inteiro e numa tentativa de ir à casa do Alisson ensaiar pegar o ônibus errado, tava sem celular, não sabia onde era a casa dele, imaginei que ninguém ia gostar muito de eu não ter ido, mas não tava dando de verdade. No Domingo não me atrasei, afinal o ensaio foi aqui em casa, foi bem divertido, conseguimos passar tudo duas vezes e no final teve bolo de chocolate que minha irmã fez.
Dia da apresentação.
Olha, foi tenso! Não sabia onde colocar as coisas que pediram em cima da hora das cenas, a gente ficava se batendo atrás da cortina e falando tentando se achar algumas vezes no escuro. Eu tinha que ir de short branco, sabe lá o que aconteceu com o meu e não havia short ou calça branca que caberia nas minhas pernas de elefante. Fiz com um jeans mais perto de branco que achei. Ficou feio, eu sei. Tenho a sensação às vezes de faço tudo errado e todo mundo me odeia. Ai que drama.
Ah, a Wlad falou do meu nome, comentou alguma coisa da combinação do Genú e do Klautau, ainda fico meio confusa se gosto ou não disso, ta, sinto muito orgulho deles, mas às vezes parece que vão esperar de mim algo muito demais que eu não tenho pra dar. E mais uma vez, claro, lembrei do Tio André e deu aquele aperto no coração, essa matéria pra mim, vai se chamar "Tio André", to vendo isso.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Terceiro Encontro - Aula Visita

Descobri que não tem aula hoje, Wlad viajou e ficou marcado de nesse dia ter uma visita na casa da sua dupla pra fazer o trabalho. Ok, não tenho dupla e hoje é o ultimo dia de trabalho, vou dormir pra sempre.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Segundo Encontro.

Legal, não fui pra aula. A publicidade ainda ta grudada em mim e estou trabalhando na produção de um videoclipe que começou semana passada e termina essa semana. Não tenho tempo pra nada. Tava na Usina gravando e não tive como voltar antes porque ela fica lá pro Tapanã ou mais longe e eu, infelizmente não tenho carro e muito mesmo dirijo. Queria muito ter ido.



Alguns dias se passaram, perguntei pra Taynah e pro Marco, fiquei meio triste porque disseram que gostaram muito de tudo. Soube que minha dupla, o Carlos não foi também. Eles me explicaram que ela dividiu a sala em dois grupos, um seria dos diretores e outro dos atores e teria algo como um coro, que a Taynah disse que achava que eu ia entrar nele. Falei com a Aninha depois, pois ela era a diretora desse tal coro, ela me disse pra falar com a Wlad, pois achava que não podia entrar mais ninguém. Beleza então.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Primeiro Encontro.

Primeiro dia de aula e não tinha muita coisa, de roupa certa pra usar, cabeça e muito menos no corpo. Wlad Lima, já ouvi falar muito dela, meu tio André quando vivo sempre comentava alguma coisa sobre ela. O nome da matéria: "Trajetórias do Ser". Sinceramente achei meio brega e sem saber muito bem o que esperar, mas tentei ser o mais aberta possível. Passar dois anos fazendo publicidade e ter 80% de amigos publicitários fechou um pouco minha cabeça pro teatro, não to dizendo que eu gosto de publicidade, mas que algumas coisas ficaram, elas ficaram. Espero Mudar isso porque não sei se gosto muito de ser assim.
Na hora da aula sentamos e conversamos, uma roda sentados no chão, achei isso lindo. Adoro chão, ainda mais ficar deitada nele. A Wlad pediu pra cada um levantar e contar uma historia que envolvia a família, tipo, tinhas que te levantar por vontade própria, tava com muita vergonha, sempre fico com muita vergonha quando vou falar de alguma coisa minha pra um monte de gente, ainda mais quando não conheço. Uma hora criei coragem e fui La me tremendo toda, falei do Cazuza que faleceu no dia do meu um ano de idade e minha mãe sempre me contava que ela só fazia chorar no dia do meu primeiro ano de vida e de ter tido meningite três meses depois. Eu não lembro direito como contei, quando fico muito nervosa começo a falar tudo que vem na minha cabeça e tudo muito rápido e sai tudo muito confuso. Prestei mais atenção em como as pessoas sentavam e gesticulavam que me perdi nas historias.
Encontrei com o Ícaro lá e que me fez sentir bem, nesse sim eu prestei bem atenção na historia. Ele já fez muito parte da minha vida e acabamos nos distanciando por motivos quaisquer, mas acredito que agora a gente ta atrás de uma coisa boa juntos, pelo o que eu entendi da historia dele que envolvia um surto do irmão que mexeu muito com ele e toda a família.
Ainda não me acostumei com a idéia da Taynah na minha sala, mas é sempre bom ter alguém em quem confiar.
Final da aula e a professora disse pra formarmos duplas com a historia que achou mais interessante. Nunca sei escolher alguém, pensei em ir atrás de quem eu já conhecia, mas queria alguma coisa diferente, mas acabei parada com cara de bunda olhando pra todo mundo. Carlos me escolheu amigo da minha irmã e temos alguns amigos em comum, mas nunca tínhamos sido apresentados, com uma voz muito bonita. Ele contou a historia do dia em que passou no vestibular pra teatro, que depois de vários outros vestibulares já feitos e aprovados não queria festa, mas quando viu a mãe dele já tinha preparado tudo. Tenho que mostrar como seria a visão de outra pessoa dessas historia, acho que vou fazer a mãe.
Depois da aula, sai bem feliz e entendi um pouco o porquê do nome da matéria e nem achei, mas tão brega. Gostei da aula, gostei da Wlad, só que toda vez que olho pra ela me lembro do Tio André e bate uma saudade tão grande que eu fico até um pouco triste.
É isso, agora vou correr que tenho que trabalhar!